Já é noite, eu acabei de sair do banho, um dos meus momentos sagrados. A água escorria, eu fechei os olhos e senti o som da cachoeira de Ubatuba, o perfume do pêssego do sabonete se misturou com o da maresia aflorada nos sentidos. Já têm estrelas no céu de inverno, as mesmas que contemplei na madrugada quando rezei no quintal às 5:00 da manhã. Café, chá mate, garrafas, acorda um, outro, a banana da Isa, as frutas para o trabalho e a saída cedo mesmo em dia de férias escolares. Observei o sorriso da florada vermelha do meu jardim e entrei no carro. Logo atravessamos o limite de município, saímos de Cotia e adentramos no mágico mundo de OZ. Primeira parada na casa da prima e tia para desembarque do Arthur. Segunda parada na casa da outra tia, desembarque da Isabelly. Chegamos à Analice e iniciei o expediente que seria curto. Logo a tia Lane, minha irmã, chegou com sua sobrinha amada e todos os cuidados de sempre, água, suco, fruta...Seguimos para Santa Cecília.10:20.
Trânsito na saída da Marginal, pontes, fluxo intenso, Barra Funda, Memorial da
América Latina e depois de 1 hora chegamos. Recepção, 10º andar, 1º andar. Reumatologista
na Angélica e depois o almoço na calçada de um bar restaurante, que delícia de
comida e atendimento. Táxi e logo o outro destino no bairro já familiar. 13:10
e chegamos ao endereço dos passos iniciados em dezembro. Sessão 8/10 do segundo
ciclo da Isabelly, Sessão 1/10 minha. Sim, eu retomei o tratamento interrompido
por demandas emergenciais. A lombar e a bursite andam gritando aqui. A
atendente mostrou com alegria a garrafa de água que ganhou da Isabelly quando
encerramos o primeiro ciclo em março. Desses carinhos que marcam. Do térreo ao
5º andar, da sala de eletroterapia para a de fisioterapia. Conversas, exercícios,
choques, ultra, riso e a despedida semanal.
15:05. Sentei no jardim, contemplei os tijolinhos, recordei
das paredes da Santa Casa, suspirei gratidão e chamei o Uber. A Isa com sua
leitura do livro da semana e eu ouvindo as mensagens do meu irmão Paulo bem
quando o carro circulava em frente ao estádio do Pacaembu, o que me fez lembrar
os muitos jogos que fomos aos estádios. Sim, eu AMO futebol. Quanta alegria
ouvir os áudios relatos do meu irmão. Isabelly também ouviu seu áudio e respondeu
a felicitação pelo seu aniversário. O diálogo nutritivo seguiu. O celular ficou
de lado e voltei a contemplar as ruas pela janela do carro, em muitas delas eu
e meu irmão Paulo passamos de moto, de segunda a sexta, no retorno ou ida ao trabalho,
há muitos anos atrás.
17:50 chegamos em casa com o entardecer no horizonte. Arthur já pulou para jogar bola na quadra. O feijão e arroz já prontos, eu preparei a salada e o atum com tomate para o jantar. Isabelly e Arthur quiseram pastel. De carne igual o da feira de domingo. Se bem que eles preferem o de vento. O jogo está rolando na tv da sala. Isabelly já veio rezar. Eu estou terminando de escrever a memória desse dia agitado, sem correção. Encerro com muita gratidão pelos passos já percorridos, pelos personagens do enredo na jornada das janelas que curam em Santa Cecília e pelos dias vindouros. Por hora vou dormir que amanhã o roteiro despertará na aurora. Boa noite!
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