Nesses dias de temperaturas frias, as sopas e os caldos esquentam até a alma. A sopa marcou presença no cardápio da semana e levei um pouco para a vizinha. “Sua sopa é um abraço de Mãe, obrigada.” A frase de gratidão da Carol aflorou tantas lembranças de comidas que enlaçam encontros, em todas as estações.
Das sopas noturnas do sítio de vozinha, ao redor da mesa
com os tios, tias e primos, dos caldos das padarias de São Paulo na companhia
de amigos do trabalho, dos cafés matinais nas cafeterias, do café da tarde na
casa de minha Mãe junto com os irmãos, do pastel da feira de domingo onde
sempre encontro conhecidos do bairro.
Teve cuidado com as plantas, terra, novas mudas, novos
vasos, plantar e replantar. Alecrim que perfuma o jardim e minha casa, que
tempera os alimentos, que aromatiza minha água. O alecrim da casa da minha avó
segue na minha também. Recebi cupuaçu que veio de Belém, que presente, que
cheiro, que sabor. Dessas conexões
sensoriais que alimentam minha alma.
Eita que essa semana as memórias foram destaques. Estudei
com Arthur relatos de memória para a prova de técnica de redação. Foi engraçado
compartilhar com ele algumas das minhas memórias da infância. Tive a aula do
curso com essa temática com a Renata, estou lendo o livro da bell hooks
que resgata memórias de sua trajetória em uma abordagem inspiradora que
contém 32 ensinamentos: ensinando pensamento crítico, sabedoria prática.
Para finalizar, uma das frases, dentre tantas, que grifei do livro da bell hooks: “Quando nos
reunimos para celebrar, algumas de nós – aquelas que estiveram envolvidas em centros para mulheres desde sua criação – sentimos que nossas celebrações alegres devem também deixar espaço para momentos de luto, para o ritual da memória.”
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