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quarta-feira, 26 de junho de 2024

Encontro ancestral

Quais memórias levamos de uma viagem? Quanta bagagem afetiva vem em nossa mala coração? Nesses poucos dias no sertão nos conectamos de forma mágica com os nossos cenários e família. Amor cultivado que segue reverberando nas lembranças e entranhados em nossa pele saudade.

Dos princípios que pratico, a valorização das minhas raízes e dos meus ancestrais, é um deles. Sempre procuro ensinar para meus filhos e, agora, também aos netos, a importância de valorizar as histórias e pessoas que amamos e reconhecer que somos parte de uma trança de gente. Apesar de ser de uma família onde em parte dela habita o silêncio, tenho a honra de conhecer nuances da vida dos meus bisavós, avós e pais.

Depois de 8 anos longe, minha filha retornou ao Brasil para nos visitar. Desde que ela programou a viagem, o primeiro pedido dela foi levar seus filhos para conhecer a tataravó. Nasci no sertão de Pernambuco, minha primogênita em Osasco São Paulo e meus netos nasceram nos Estados Unidos. Minha avó tem 99 anos, bisavó da Bruna e tataravó de Peaches e Damian. Indizível a imensidão de sua alegria ao conhecer os tataranetos. Cenas ímpares que ficarão gravadas em meu livro coração. Que encontro presente!

Foram 2 meses intensos deles aqui e a presença deles segue palpitando...no pincel colorido da Peaches, nos carrinhos do Damian, no cheiro da roupa da Bruna - que eu não vou lavar - no caderno que ela me presenteou que estou escrevendo minhas orações...nossa proximidade é sagrada e sempre será. O amor é a nossa força filha... é essa potência que nos encoraja a vencer as adversidades. Lembra dos cactos e do beija flor vozinho na chegada e também da tríade deles na despedida. Sinais dos laços que nos unem.

Das tantas emoções da viagem ao nosso sertão, Peaches rezando no túmulo de vozinho em nossa companhia, a oração do Santo Anjo que ele me ensinou, que eu ensinei para meus filhos e para os netos, foi sensacional. E por falar nele, que vive em nossos passos, o melhor homem que eu conheci na vida, eu escrevo a frase que ele te disse, da última vez que você esteve com ele: “segue seu coração e seja feliz”

Nas veredas do sertão, os passos das gerações. Gratidão Deus!

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