No dia 15/10 anualmente é celebrado o Dia do Professor. Eu sempre fico emocionada com essa data pelas recordações dos meus mestres e saudade de ser aluna. Eu lembro dos bancos, das salas, das janelas, dos pátios e do ambiente das diferentes escolas que estudei. Ser aluna sempre foi um papel que desempenhei com muito amor e me enxergo hoje na vivência da minha filha Isa. Seu cuidado com os livros, cadernos e comprometimento com as atividades me orgulha. Ensinar e aprender são verbos ações que entrelaçam histórias de alunos e professores nos muitos capítulos das histórias, até depois de findar cada ano letivo. Sim, aquilo que nos toca segue ecoando além tempo.
Este ano gravei vídeos curtos homenageando alguns
professores que representam muitos e publiquei no Instagram. Já me chamaram de “defensora”
de professor. Espie que título honroso. Eu sempre defenderei esses profissionais
que multiplicam saberes e que inspiram tantos alunos a desenvolverem suas habilidades.
“Ah duvido que você tenha gostado de todos os seus professores.” Claro que tive
meus desafetos com alguns. Gente, perfeição inexiste. Aprendi filtrar e
arquivar na memória as lições daqueles que permanecem em meus passos. E eles são
especiais. Já recebi muitos elogios pela aluna que fui e cometi meus erros,
como tantos. Mas, acima de tudo me esforcei o máximo para agarrar a
oportunidade estudantil. Foi na escola que despertei o gosto por ler e
escrever, conhecer narrativas e costurar laços. Isso me salvou, me salva e seguirá me salvando.
Há uns 18 anos atrás tive uma experiência de educadora em 2
projetos de educação ambiental que atuei durante 1 ano. Em uma das atividades
que propus, recebi a melhor declaração de amor da vida de um aluno que exalava
criatividade. Aquela cena vibra em meus sentidos e me ensinou o quanto exercitar
o afeto naquilo que acreditamos tem a capacidade de transformar realidades. Agora
que estamos nos encaminhando para o final do ano, fico pensando no cansaço e no
palpitar da despedida de mais um ciclo. Eu chorei muito ao me despedir dos
projetos e até hoje sigo rezando pelas turmas e desejando que a vida tenha sido
generosa com aqueles jovens da periferia. “Você deveria ser professora.” Ouvi várias
vezes. Será que eu conseguiria sobreviver as despedidas anuais?
Não há medida de cálculo para o tamanho do significado dos professores em minha
existência. Eu que nem de exatas sou, que mergulho na equação subjetiva das
letras, que amo história, filosofia e afins humanas, escrevo essas poucas
linhas para mais uma vez registrar minha gratidão aos personagens que seguem
brilhando em minha constelação aprendiz. Sigo uma aluna amante dos livros, da
escuta, da partilha de conhecimentos e experiências e do sentir. E sim, desejo
retornar aos estudos em breve, em um novo curso, para sentar-se novamente no
banco da aluna que sou, o meu melhor papel no teatro da vida.
Professor é memória viva. Minha eterna gratidão.

Imagens da Feira Cultural do Colégio Dom Henrique. Um evento que prestigiei no dia 25/10/2025 e que me encantou pelos retratos que a pauta do ano aflorou nas diversas turmas, abordando diferentes temáticas relacionadas ao meio ambiente.
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