Completei o ciclo das estações no Norte global. Dessa vez, para uma missão especial, o nascimento da minha terceira neta, que tive a honra de escolher o nome, Alise. Ela nasceu no outono, dia de Santa Luzia, 13/12. Antes disso, fomos a um passeio iluminado pelas luzes natalinas que transformou o espaço num jardim dos sonhos. Andei num carrossel aflorando sorrisos. Foi incrível.
Dias depois, 20/12 eu brincava com Peaches, a neta primogênita,
na primeira neve que anunciou a chegada do inverno dia 21//12. Meu primeiro
Natal no Norte, acompanhando os Elfos matinais e a chegada do Noel. As casas
enfeitadas, a estrela polar brilhante, as fases lunares de dezembro, as orações
na aurora e a magia do Natal. A ceia familiar simples, a noite do sono
reparador e o despertar sensacional da manhã do dia 25/12.
Caminhadas nas ruas e na praia, brincadeiras com as
crianças, delícias simples e afetuosas aromatizando a cozinha, velas perfumadas
pela casa, pijamas natalinos, preces noturnas, apresentações na escola da
Peaches e Damian, a ida e a volta no bus escolar, os abraços e o riso do JJ, o vizinho amigo, que
me chama de avó, as músicas da Bruna, as danças de Damian e Peaches, os
desenhos e pinturas, as pipocas, os bolos, os chás, o café, as conversas, as lágrimas, os risos e
tanto mais.
Eu brinquei na neve com os netos, os anjos nevados para a
vovó, nossas pegadas reunidas, os tesouros que encontramos...momentos que seguem tatuados na
lembrança. Contemplar os flocos de neves, cada um diferente do outro, tão mágicos
espalhando a brancura pelo cenário. Memórias afetivas gravadas em nosso
livro coração. O amor da vovó e mãe aquecendo o inverno que é uma estação
perseverante. As árvores secas sinalizam que há vida no solo e que chegará o
tempo de florescer e sim, os pássaros cantam na estação fria, acendendo a esperança.
A despedida foi dolorida, sempre é. Minha presença segue por lá, nas paisagens das janelas pro jardim e quintal, nos enfeites brasileiros que enfeitam a casa, nos pinheiros pequenos plantados em 2022 e 2023 com as fitas vermelhas, nas plantas da casa, nas pedras colhidas na areia, na trilha do bosque que chega ao mirante, no banco do jardim, no óleo ungido da prece noturna e em muito mais. Retornei com o coração agradecido e dilacerado. As lágrimas embaçam minha visão agora e eu não consigo escrever mais, basta finalizar dizendo que foram 40 dias de muito amor que marcaram minha vida.
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